Vitória de Góes
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Seis alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Sesi de Pelotas irão representar o Rio Grande do Sul na competição F1 in Schools, que ocorrerá no Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), entre os dias 15 e 18 de março. Eles produziram um protótipo de carro de Fórmula 1 à base de poliuretano, a partir de uma impressora 3D oferecida pela escola.

O evento acontece desde 2019 e faz parte do Festival Sesi de Robótica. Em 2022 foi a primeira vez que a equipe pelotense participou e, para eles, a oportunidade serviu como uma experiência para entender o funcionamento das provas. Agora estão mais confiantes e preparados para realmente competir com as outras equipes.

O Mamba 2, como foi batizado o mini-carro, pesa 60 gramas. Segundo os alunos, quanto mais leve, mais rápido o protótipo irá se locomover na pista de corrida em miniatura. Mas, além do desempenho prático do projeto, o concurso avalia uma série de outras questões. O objetivo geral é o desenvolvimento de uma empresa, então o protótipo é apenas o produto final. Por trás disso há uma avaliação quanto ao projeto de engenharia e o plano de marketing.

A equipe, formada pelos alunos Lara Nörnberg Colomby, Arthur Borba, Ana Júlia Silveira, Bruna Costa, Laís Xavier e Eduardo Rewell, precisará apresentar o projeto em inglês. Por isso, além da supervisão e mentoria do professor de física Cassiano Guzatto, eles também são acompanhados pela professora de inglês Mariana Dias.

Os mentores contam que, depois da primeira equipe no ano passado, muitos alunos quiseram fazer parte do grupo, por isso foi necessário fazer uma seleção dos participantes. "Além da inscrição, na qual observamos o interesse do aluno através de algumas perguntas, também avaliamos o desempenho acadêmico em duas das áreas principais, que é física e inglês", explica Mariana.

Além de utilizar os conhecimentos escolares, a equipe precisou desenvolver o empreendedorismo e ir atrás de patrocinadores para o projeto. Também foi necessário aprender a utilizar um programa de engenharia para criar o protótipo na impressora 3D. Esse é oferecido gratuitamente aos participantes e, inclusive, é muito utilizado pelos engenheiros da Fórmula 1.

A orientadora educacional da Escola Sesi, Marilei Silva, esclarece que a instituição tem como metodologia o desenvolvimento da ciência e da tecnologia através de projetos práticos, portanto, desde o primeiro ano os estudantes já podem buscar grupos de estudo dentro do seu interesse. "Quando surgem torneios, eles mesmos já estão de olho e falam com os professores sobre o interesse. Vão atrás de tudo que é necessário e nós apoiamos", explica. E completa, "O que a gente quer é que eles abram as startups, construam e desenvolvam, levando o aprendizado pra vida".

Caso a equipe seja campeã, passará para a etapa internacional para competir com equipes de outros países. Para saber mais detalhes do projeto dos alunos pelotenses e acompanhar as atualizações durante a viagem, basta acompanhar o Instagram da equipe em www.instagram.com/blackmamba.team.

Sobre a competição

Com início em 2019, o programa F1 in Schools faz parte do Festival Sesi de Robótica, que neste ano ocorre de 15 a 18 de março, e integra um projeto internacional da Fórmula 1. Nele, estudantes de nove a 19 anos matriculados em escolas Sesi, devem criar empresas para desenvolver um protótipo de carro e competir em uma pista de corrida em miniatura.

O campeonato reproduz desafios profissionais envolvidos em uma corrida de carros. Por isso, os competidores precisam pensar em patrocínio, estratégias de marketing que envolvam as redes sociais e criar um plano de negócios.

Durante o Festival, também ocorrem outras competições como a First Lego League Challenge (FLL), a First Tech Challenge (FTC) e a First Robotics Competition (FRC). Entre os dias 16 e 17 também vai acontecer o Seminário Internacional Sesi/Senai de Educação e vai reunir especialistas de todo o País para debaterem o tema. Além disso, durante toda a programação haverá oficinas gratuitas para todos os públicos.